Estados Unidos, 1886. O país está em pé de guerra. De um lado, os donos das petroleiras, ferrovias, portos e banqueiros querendo aumentar os seus lucros penalizando cada dia mais os trabalhadores. Do outro lado, os empregados se rebelam contra a exploração. São mais de 1500 greves. Os manifestantes querem a redução de jornada de trabalho de 14 para oito horas diárias. Cidade de Chicago, primeiro de maio. O clima está muito tenso. Os trabalhadores tentam ocupar as fábricas. A polícia chega. Muitos operários são mortos, outros gravemente feridos e quatro líderes operários são condenados à morte. Em homenagem a esses trabalhadores surge o Primeiro de Maio, Dia dos(as) Trabalhadores(as). 

Essa data serve para nos lembrar de que todas as conquistas que os trabalhadores tiveram ao longo da história foram frutos das suas lutas. Nada veio de graça. A redução da jornada de trabalho, férias remuneradas, décimo terceiro, aposentadoria, salário mínimo, seguro desemprego, licença maternidade e paternidade, direito à greve, aviso prévio, FGTS, só se tornaram realidade depois de muita mobilização. 

No entanto, os governos Temer e Bolsonaro chegaram dispostos a jogar na lata de lixo tudo aquilo que custou o sacrifício de muitos trabalhadores. Assumem descaradamente o lado dos empresários e ainda culpam os empregados pelas dificuldades do país. 

Brasil, 2019. 133 anos depois. Os trabalhadores brasileiros correm o risco de perder tudo o que foi conquistado. Isso se não reagirem às maldades que o governo quer impor. A melhor forma de rememorar o Primeiro de Maio, de homenagear os operários mortos em Chicago é irem para as ruas lutar, se não quiserem perder tudo que conquistaram ao longo dos anos.