Ascom/SECI
A diretora do SECI, Dayane Miranda, participou representando as comerciárias.
O plenário da Câmara Municipal de Ipatinga, na noite de ontem (05/02/2020) fez jus ao Seminário intitulado “Mulheres que lutam”. A noite de discussões, organizada pela Frente Democrática Popular, contou com mulheres de vários partidos de esquerda e militantes de movimentos populares. A diretora do SECI, Dayane Miranda, participou representando as comerciárias.
A atividade começou com uma provocante Intervenção Poética Popular Revolucionária (IPPR), que já anunciava a valorosa discussão sobre "o empoderamento da mulher no contexto atual".
Com a mediação da educadora Maura Gerbi, a mesa foi composta por duas palestrantes: Dirlene Marques, professora universitária mestra em Ciência Política, economista e feminista; e Lene Teixeira, vereadora, pedagoga e pós-graduada em Gestão e Políticas Públicas.
Dirlene falou sobre o protagonismo da mulher no contexto atual. Em sua exposição destacou a importância de mudar as condições do processo eleitoral e também sobre a necessidade de reorganizar o espaço doméstico para que as mulheres tenham condições de se envolver na política. Segundo ela não basta apenas resistir para existir, é preciso resistir e avançar.
Após convidar as pré-candidatas a vereadoras para ocuparem os lugares reservados aos vereadores, Lene Teixeira compartilhou sua experiência para debater sobre a mulher no espaço institucional. Afirmou que a pouca ocupação de cargos políticos pelas mulheres está relacionado ao modo como a sociedade foi formada, onde a atuação da mulher se restringe, quase sempre, ao espaço privado. A vereadora ressaltou que a desigualdade só pode ser enfrentada coletivamente, por isso é importante que todas e todos estejam unidos nas lutas sociais.
As intervenções das palestrantes foram seguidas de depoimentos e questionamentos de outras mulheres, abordando questões como machismo, feminicídio, imposição de padrões de beleza e comportamentos, dentre outras temáticas. Para encerrar a noite, mais uma Intervenção Poética Popular Revolucionária (IPPR) inflamou o público. O Seminário Mulheres que lutam marca o início de uma organização para movimentar o cenário nacional também no próximo 8 de março.
ASCOM/LENE TEIXEIRA