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Resistir para existir
Luta dos povos indígenas traz mais vida para todos

Arquivo Aldeia Geru Tucunã Pataxó
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De um território onde eram só braquiárias, o conhecido capim, agora encontra-se uma variedade de árvores, plantas frutíferas e não frutíferas, diversas espécies de pássaros e animais. A mudança começou em 23 de julho de 2010, no Parque Estadual Rio Correntes, distrito de Felicina, no município de Açucena e chegou com o nome da Aldeia Geru Tucunã Pataxó. Apesar de toda reconstituição feita pelo povo Pataxó, formado hoje por cerca de 60 indígenas, a área ainda não se tornou reserva extrativista. Isso é o que explica Sekuai Braz da Conceição, professora de educação infantil na escola da aldeia, com formação em Ciências Sociais, Humanidades e Administração de Empresas. “Estamos nessa luta de território. Temos uma escolinha aqui dentro que é da educação infantil até o quinto ano. Hoje já conseguimos trazer pra cá uma Casa de Apoio à Saúde, com médico e enfermeira, mas ainda não conseguimos um prédio escolar por não termos o território demarcado”.
 
Cuidar da mãe terra - As lutas dos povos indígenas em Minas Gerais são parte de uma mesma agenda dos povos indígenas em geral. Sekuai destaca a resistência contra as ameaças do governo à educação pública, por direito à saúde e contra as propostas de liberação da mineração e garimpo em terras indígenas. “As áreas indígenas hoje no Brasil são as que têm mais matas, onde estão as grandes riquezas do Brasil. Então a pretensão do governo é explorar essas terras e isso vai nos atacar porque nós, indígenas, consideramos a natureza como nossa mãe. A gente não apedreja a nossa mãe. E sim cuida com maior carinho porque nós precisamos dela para sobreviver, ter um ar puro, uma vida livre, ouvir o canto dos pássaros, ver os animais. Aqui mesmo quando chegamos quase não víamos animal nenhum. Agora com a reconstituição, eles estão chegando. Nós construímos tudo isso”.
 
O lucro não vale a vida - Um levantamento realizado pelo MapBiomas aponta que a mineração cresceu mais de seis vezes no período de 1985 a 2020. Com isso, além do agronegócio, a mineração e ampliação do garimpo têm sido os principais causadores do desmatamento, mudanças climáticas e escassez hídrica no Brasil. A aldeia de Açucena é uma das que sofre os efeitos danosos da mineração. O crime ocorrido com o rompimento da Barragem em Mariana, em 05 de novembro de 2015, tirou da aldeia um de seus principais alimentos, o peixe. “Nossos peixes desapareceram, hoje encontra só os pequenos. É complicada essa situação porque eles pensam tanto na riqueza e se esquecem do que é simples e que todos nós precisamos”. 
 
Luta pela sobrevivência de todos - O Dia de Resistência dos Povos Indígenas, celebrado em 19 de abril, é uma oportunidade de homenagear os movimentos indígenas que são os que têm enfrentado e derrubado muitas das ameaças ambientais que estão em discussão no Congresso. Mas essa homenagem deve envolver também o compromisso de apoiar essas lutas e eleger representantes que realmente defendam a preservação do meio ambiente e um mundo melhor para as gerações futuras. 
 

Fonte : Ascom/SECI




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