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Massacre de Ipatinga
Oito mortos, 79 feridos, sindicalistas presos e assassinos absolvidos

Segunda-feira, sete de outubro. O dia está cinzento. Chove fino. O clima está tenso na portaria da Usiminas. De um lado, cerca de seis mil trabalhadores em greve contra as péssimas condições de trabalho e as humilhações a que são submetidos todos os dias ao serem revistados na entrada e saída da empresa. De outro lado, soldados armados para defender os interesses da empresa. O patrão não quer diálogo. A tensão cresce a cada momento. De repente uma pedra. Um tiro, dois tiros, uma metralhadora  é descarregada contra uma multidão indefesa. Oito pessoas estão mortas, inclusive uma criança no colo de sua mãe. Outros 79 estão feridos. Isso é o que diz a empresa. Os manifestantes afirmam que o número de mortos e feridos é muito maior. Sete meses depois, os sindicalistas que defendiam os trabalhadores são presos e os policiais assassinos são absolvidos. 

 
 Isso não é o resumo de um filme macabro. É a síntese de uma história real, acontecida em 1963, onde aquela empresa que alguns chamam de mãe foi extremante cruel com quem a construiu. 
 
Os massacres de hoje - 56 anos depois o massacre contra os trabalhadores continua. Longas jornada de trabalho, metas abusivas, falta de reconhecimento e autonomia, baixo salários, sobrecarga de trabalho, acúmulo de funções. Situações que estão diretamente ligadas ao desenvolvimento de transtornos mentais graves, como depressão e ansiedade. Segunda a Organização Mundial de Saúde (OMS)*, os casos de depressão estão aumentando globalmente, subiu 18,4% de 2005 para cá. Em 2020, será a enfermidade mais incapacitante em todo o mundo. Ainda de acordo com a OMS, em 2016 no Brasil, cerca de 75,3 mil trabalhadores foram afastados pela Previdência Social em razão dessa doença. O nosso país é o campeão de casos na América Latina. Em 2016, 5,8% dos brasileiros sofriam com depressão. Essa situação tende a piorar porque todas as medidas do governo são no sentido de tirar direitos dos trabalhadores, acabar com os órgão de fiscalização e fragilizar os sindicatos. Os patrões se sentem à vontade para massacrar cada vez mais os empregados porque têm o incentivo do governo. Diante disso, os trabalhadores precisam mais do que nunca conscientizarem-se dos seus direitos, relembrar suas histórias de luta e, sobretudo, fortalecer o seu Sindicato e participar dos movimentos populares que defendem a justiça social. 
 
* Informação disponível em: https://grupoposture.com.br/blog/ate-2020-depressao-sera-doenca-mais-incapacitante-do-mundo/
 

Divulgação
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Fonte : Ascom/SECI




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