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22 de março: Dia Mundial da Água
Vender a Copasa é retirar direito em prol do lucro

Ascom/SECI
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O hábito de lavar as mãos ficou mais frequente com a pandemia. No entanto, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) há cerca de 35 milhões de brasileiros sem acesso ao abastecimento de água e mais de 58 milhões sem coleta de esgoto. Em Minas Gerais, são quase quatro milhões de habitantes que não dispõem desse acesso. E esses números podem piorar caso o projeto de privatização da Copasa seja levado à frente pelo governador de MG, Romeu Zema, que já declarou em entrevista (de outubro de 2019) ser “contrário às estatais”. Segundo especialistas no assunto, a privatização além de ampliar as desigualdades de acesso, pode significar uma mudança no papel da empresa e o aumento desmedido da tarifa para as cidades do interior do estado.
 
Em entrevista ao Jornal Brasil de Fato, o presidente do Sindágua/MG, representante dos trabalhadores da Copasa e de outras empresas de saneamento, Eduardo de Oliveira, explica que o ponto mais importante contra a privatização é a criação do subsídio cruzado. Segundo ele, esse subsídio cruzado é que possibilita pegar o recurso de onde dá lucro e investir onde dá prejuízo. É por isso que todos os consumidores do estado pagam a mesma tarifa, independente da cidade onde moram. Ele explica que se a Copasa for privatizada a tendência é abandonar os municípios menores e ficar com os lucrativos. Sem contar que a conta encarece. “Olha o caso de Pará de Minas, onde uma empresa privada é que fornece água: lá a tarifa residencial, para cada 12 metros cúbicos consumidos, é de R$ 63. Na Copasa isso seria de R$ 52”, exemplifica.
 
Tarifas exorbitantes – Se hoje o trabalhador já assusta com o preço da conta da Copasa, é preciso ficar de olho no aumento do prejuízo com a privatização da empresa. A cobrança indevida sem prestação de serviços de esgoto, por exemplo, tem sido matéria de discussão jurídica movida pelo Movimento de Donas de Casa em Timóteo. Como um dos titulares da ação, o presidente do Sindees, representante dos empregados da área da Saúde de Coronel Fabriciano, Timóteo e Ipatinga, Aguiar dos Santos, citou que a Copasa tem realizado cobranças lesivas e injustificáveis. Na reclamação do processo está a denúncia do descumprimento do Plano de Saneamento. Embora a população não tenha acesso à 100% do esgoto tratado, é cobrada uma tarifa de esgoto de 97,5% do consumo de água.
 
Enquanto o Estado de MG é acionista controlador da Copasa, com 50,04% das ações, ainda é possível o controle social da gestão da água e a administração sem fins lucrativos. Mas se a população deixar privatizar a estatal, transformando a água numa mercadoria, seu objetivo será gerar lucro, o que com certeza trará como consequência tarifas elevadas e mais pessoas sem o direito fundamental à água. 
 

Fonte : Ascom/SECI




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