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Dia Internacional das Mulheres
Luta para que contribuição delas seja reconhecido na história

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            Quem assinou a lei da Semana Inglesa, que regulamentou o horário do comércio de Ipatinga em 1979 foi um homem. Mas poucos sabem que essa conquista também teve a participação fundamental das comerciárias. Maria das Graças da Mata foi uma delas. Mas o protagonismo das mulheres raramente aparece na história. “É muito louco o que a sociedade faz exatamente para não ver o potencial das mulheres, para não dividir os louros, de sucesso, de profissionalismo, de status, porque a sociedade ainda é aquela coisa patriarcal que acha que o homem que tem que o tempo todo estar nos holofotes”. A educadora e historiadora Reny Batista explica que ainda é imposto às mulheres uma ideia de inferiorização que tenta ignorar a contribuição da mulher na sociedade. “O espaço que nós temos hoje na sociedade brasileira foi na verdade aberto, rasgado, como um parto mesmo”. Segundo ela, esse espaço foi conquistado, porque se dependesse da sociedade, as mulheres estariam invisibilizadas, dentro de casa, apenas na cozinha, como se não fosse nenhum serviço que tivesse validade.

            Ao olhar para a História do Brasil, tanto a do passado quanto a recente, várias mulheres não tiveram seu nome marcado com toda a força que corresponde à sua contribuição histórica. A educadora cita alguns nomes como Luiza Mahin, Dandara, Tereza de Benguela, Carolina de Jesus e, mais recentemente, Djamila Ribeiro, Akotirene e Conceição Evaristo. Também foram pioneiras a atriz Ruth de Souza, como mulher negra que furou a bolha da televisão brasileira até então protagonizada apenas por brancas, Dona Ivone Lara, no samba e Marielle Franco, na atuação política a serviço da comunidade.  “São várias mulheres que desenvolveram trabalhos maravilhosos e que foram invisibilizadas”. Isso ocorreu inclusive no período da Ditadura Militar, em que várias mulheres fizeram um enfrentamento muito grande, foram torturadas e mortas, mas não ganharam tanto destaque quanto os guerrilheiros masculinos. E foi graças também a essas mulheres de luta que o regime foi derrubado. “Não existe na história da humanidade nenhum aspecto, em nenhum momento, em que aconteceu uma revolução, uma transformação, sem a participação da mulher. O que existe, na verdade, é a falta de registro da participação da mulher nesses atos. E o regime militar não foi diferente”, afirma.

            Por essa razão a luta das mulheres na atualidade deve buscar o reconhecimento do protagonismo delas na história. E para isso, Reny Batista destaca que é essencial que os homens tenham consciência disso. “Todos os homens tem que entender o quanto que o patriarcado não é benéfico nem para o homem nem para mulher”. A educadora explica que o machismo prejudica a relação, porque interfere em como a gente se enxerga e enxerga também o outro. Assim, é se colocando na pele do outro, através do respeito, do diálogo e da valorização do seu papel, que é possível construir uma sociedade mais justa. “Nós precisamos de todo mundo e que, em especial, a nossa luta seja contra o machismo”.

            Para destacar bem a importância das lutas e conquistas das mulheres, todos os anos os movimentos populares e sindicais programam atividades no 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. Este ano a atividade será no dia 08/03, a partir das 14h, na Praça 1º de maio, no Centro de Ipatinga. Participe!

 


Fonte : Ascom/SECI




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