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Janeiro Branco
Falta de cuidado com a saúde mental tem afetado comerciários

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            A cada ano, fica mais preocupante o quadro de adoecimento mental entre os trabalhadores. Conforme as notificações de acidente de trabalho analisadas pelo Centro de Referência do Trabalhador de Ipatinga (Cerest/Ipatinga), houve, em nosso município, um aumento de 35% nos casos de 2024, em relação ao ano anterior. A engenheira do trabalho, Marluce Queiroz, destaca que na categoria dos empregados do comércio de Ipatinga essa também é uma triste realidade. Segundo ela, desde a pandemia, a frequência de notificação por doença mental na categoria tem aumentado. E atualmente, outros diversos fatores, relacionados às incertezas no ambiente de trabalho, levam ao adoecimento mental. “Por exemplo, no comércio, geralmente se trabalha para ganhar o valor do piso da categoria profissional acrescido de porcentagem de comissão, nas vendas. O piso é o certo e a comissão, o incerto. Este é um ponto de tensão para o comerciário que para conseguir a melhora dos vencimentos, realiza um grande esforço que inclui as horas-extras. Além disso, adiciona-se a essa tensão, metas ou cotas de vendas. Segundo o relato dos trabalhadores, as metas não são fáceis de serem alcançadas e isto incrementa a incerteza, pois, se já é incerto o que se ganha, o não atendimento à expectativa da empresa torna incerta a manutenção do emprego. Infelizmente, um vendedor que não atinge a meta pode ser inserido na lista de corte. O temor de demissão abre caminho para a ansiedade”, explica Queiroz.

            Isso aponta que as condições de trabalho podem levar uma pessoa a entrar em estado de desânimo, segundo ela. “Com preocupações acumuladas e a falta de expectativas relacionadas ao próprio trabalho, o trabalhador fica muito mais suscetível a desenvolver transtornos, tal como, a síndrome de Burnout, ansiedade, estresse ocupacional, síndrome do pânico e somatização. Tais doenças podem implicar em aumento da irritabilidade, inquietação, estresse excessivo e negação das próprias necessidades. O adoecimento pode implicar no afastamento do trabalho em caráter transitório ou permanente”. Ela explica que esse adoecimento traz efeitos negativos tanto para o empregado quanto para a empresa, já que a ausência desse trabalhador no comércio, representa diminuição das vendas, redução na qualidade nos serviços prestados, mais custos com pagamento dos benefícios previdenciários obrigatórios, reposição do trabalhador, horas extras, indenizações, dentre outros.

           

Prevenção - É nesse sentido que a Campanha Janeiro Branco é utilizada para contrapor a essa realidade e destacar a importância dos cuidados com a saúde mental, tanto individualmente, quanto nas empresas e nas políticas públicas. Este ano a Campanha realizada pelo Instituto Janeiro Branco traz a seguinte questão: “O que fazer pela saúde mental agora e sempre?” O movimento aponta várias formas de promover a saúde mental de janeiro a janeiro:

- Fazer atividades físicas;

- Dormir bem e o suficiente;

- Alimentar-se de forma saudável;

- Investir em autoconhecimento, autoestima e autonomia;

- Ter hobbies terapêuticos;

- Proteger e se conectar com a natureza;

- Praticar a gentileza, a paciência, a tolerância e a sensatez;

- Procurar ajuda pessoal e profissional quando necessário;

- Incentivar a conexão humana e o respeito em todos os tipos de relações;

- Exercer os seus direitos e respeitar os direitos alheios;

- Defender a sua qualidade de vida e a qualidade de vida de todo mundo;

- Promover a ampliação e a efetivação de políticas públicas.

            “É importante lembrar que os transtornos mentais são tratáveis e cada pessoa é única. Por isso prevenir é sempre importante”, conclui a especialista do Cerest.

 


Fonte : Ascom/SECI




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