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21 de setembro: Dia de Luta das Pessoas com Deficiência
Trabalhadores enfrentam obstáculos para acessar o mercado de trabalho

 

            No comércio de Ipatinga, há trabalhadores e trabalhadoras que ingressaram nas empresas a partir da cota para pessoas com deficiência (PCD), criada pela Lei 8.213 de 1991 (Artigo 93). Esse foi o caso da operadora de caixa, Dircilene Fortunato da Silva, que trabalha numa rede de supermercados da cidade. Mesmo com todas as dificuldades que enfrenta no seu dia-a-dia, ela afirma que o trabalho é muito importante para as PCDs. “Muitos hoje procuram serviço e têm as vagas pra pessoas com deficiência e também tem a oportunidade de crescer na empresa”, destaca.

Mas ela é uma exceção, já que ainda é difícil encontrar pessoas com deficiência inseridas no mercado de trabalho. De acordo com a Nota Técnica 275 do Dieese*, “nos empregos formais, apenas 1,1% eram ocupados por pessoas com deficiência em 2021, sendo que, nos cargos de chefia, elas ocupavam apenas 0,5% dos postos de trabalho”. A realidade ainda é alarmante mesmo depois de 33 anos da Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência entrar em vigor. Embora a lei determine a criação de vagas destinadas à PCDs nas empresas com 100 ou mais empregados, são diversas as dificuldades que essas pessoas encontram para ingressar no mercado de trabalho.

           

Desafios - Um dos primeiros obstáculos que enfrentam é o preconceito. Em artigo** que tratou da inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho de Belo Horizonte, os autores identificaram que há empresas que enxergam a diferença como um complicador na relação com o cliente. Além disso, também há empresários que acreditam que as adaptações de acessibilidade no local de trabalho podem ter custos altos para seus negócios. Por esse motivo, na hora da contratação, preferem alguém com deficiência considerada leve, o que limita o número de pessoas que podem se candidatar ao cargo oferecido.

Outro fator que desestimula a entrada de PCDs no mercado de trabalho é a baixa remuneração. Por esse motivo, há aqueles que preferem continuar com a renda garantida através do Benefício de Prestação Continuada (BPC) do que aventurar-se num ambiente que pode ser discriminatório e incerto.

A comerciária Dircilene não passou por esses tipos de situação discriminatória. Mas ela acredita que uma das questões que precisa avançar com relação aos direitos das PCDs é nas adequações para que esses trabalhadores fiquem mais confortáveis e incluídos no mercado de trabalho. Essa é apenas uma das tarefas daqueles que, assim como o SECI, lutam por justiça e dignidade. Que as necessidades das pessoas com deficiência possam ser acolhidas por todos e todas que atuam realmente em defesa da vida.

 

*Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos. A Nota Técnica 275 está disponível em https://www.dieese.org.br/notatecnica/2023/notaTec275pcd.html

** NEVES-SILVA, Priscila; PRAIS, Fabiana Gomes; SILVEIRA, Andréa Maria. Inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho em Belo Horizonte, Brasil: cenário e perspectiva Temas Livres. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/Mmjpyg5Ks9BPNtStrwCzChR/

 


Ascom/SECI
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Fonte : Ascom/SECI




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