Sind-UTE Ipatinga

            Na semana dos professores, além do recesso, muitas professores recebem mimos dos seus alunos demonstrando o carinho e gratidão pelo importante papel que desempenham na formação deles. Porém, a categoria espera mais do que flores e homenagens no Dia dos Professores. “Os verdadeiros presentes esperados pelos educadores são conquistas concretas que representem valorização real da profissão: o cumprimento e a ampliação do Piso Nacional do Magistério, planos de carreira estruturados que reconheçam a dedicação e a formação, condições de trabalho adequadas com turmas menores e infraestrutura de qualidade, acesso à formação continuada custeada pelo poder público, políticas que verdadeiramente combatam à violência escolar e ao adoecimento docente, além do reconhecimento social e político que se traduza em ações permanentes e não apenas em discursos comemorativos”. Isso é o que afirma a professora de História e Coordenadora Geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) - subsede Ipatinga, Cíntia Rodrigues.

            A professora explica que a data se apresenta como um momento de celebração e também de reflexão. “Há motivos para comemorar, como a resistência e a dedicação desses profissionais que desempenham papel fundamental na sociedade, que mesmo diante de tantas adversidades mantém viva a missão de educar e transformar, além do reconhecimento histórico, de modo geral, da comunidade escolar. No entanto, permanecem desafios que não podem ser ignorados: a desvalorização salarial, o descumprimento de pisos salariais, o adoecimento nos ambientes de trabalho, a sobrecarga de trabalho, a falta de políticas públicas consistentes e as condições precárias que muitas vezes marcam a realidade escolar”.

Ela pontua que, apesar dos discursos recorrentes sobre a importância da educação, os profissionais da área ainda enfrentam baixa valorização por parte do poder público. Por isso, o 15 de outubro deve ser entendido como um dia de reflexão crítica e um chamado à luta por valorização, melhores condições de trabalho e respeito à profissão docente. Essas mudanças são essenciais para garantir que esses profissionais exerçam seu trabalho com mais motivação, qualidade e estabilidade. “Professores bem remunerados, respeitados e com acesso a formação continuada conseguem oferecer uma educação mais sólida, inclusiva e transformadora, o que se reflete em estudantes mais preparados, críticos e conscientes de seus direitos e deveres. Isso fortalece a cidadania, reduz desigualdades e contribui para o desenvolvimento social, cultural e econômico do país”, conclui.